A cada dia que passa vejo que no papel de pai devo ter a postura de aprendiz, sempre.
Quem sou eu, um pai cujo filhos estão crescendo e mudando rapidamente?
Quem sou eu quando sou confrontado diariamente, e percebo que as minhas idealizações serão isso, apenas meus desejos?
Quem são os meus filhos que precisam aprender a viver em um corpo que cresce e muda a cada dia?
A verdade é que eu preferia a rotina, o previsível, mas tenho de encarar a vulnerabilidade das perguntas que toda hora mudam.
Dói menos quando a gente não carrega, junto com nossos desejos que virarão frustração, a certeza de que deveria saber tudo. Não há como saber. A vida não cede às nossas certezas.
Talvez o objeto não seja saber as respostas e sim escutar e criar novas perguntas.
E com isso, talvez aceitemos que a imprevisibilidade está no cerne da existência.