“Onde vivem os monstros” (título original: Where the wild things are) é um maravilhoso conto infantil de Maurice Sendak.
Conta a história de Max, um menino que encontra no mundo dos monstros a possibilidade de revisitar seus conflitos internos.
Todas as crianças possuem a capacidade de desenvolver fantasias conscientes, tornando suportáveis as frustrações experimentadas na realidade.
Venho presenciando em minhas filhas as suas frustrações, birras, medos, a sensação de não pertencimento e emoções agressivas, que nos parecem que não há nada que possa ser feito.
Esse lugar de “onde vivem os monstros” nos é familiar, mas está cuidadosamente separado da vida real de Max.
O conto nos dá a ideia de que não é prejudicial permitir que a fantasia nos domine um pouco, desde que não permaneçamos presos a ela. No final, o personagem retorna à realidade – feliz, mas sem magia.
Cabe a nós pais, a função de ajudar os nossos filhos a dominarem as dores deles e dialogarem com seus monstros, buscando superar as decepções, dilemas e rivalidades fraternas.
Através de suas frustrações, as crianças percebem seus próprios limites, assim como sua vulnerabilidade e impotência: Max consegue relacionar-se de maneira mais realista com os outros sem destruir ou ser destruído, descobrindo que não consegue manter a felicidade e a satisfação o tempo todo e para todos.
Afinal, existe um monstro em cada um de nós, não é mesmo?
E por aí, me conta como que você lida com seus “pequenos monstros”?