Sempre buscando por novidades e assuntos diversos relacionados à paternidade, trago para vocês uma nova parceira, uma querida amiga de muitos anos, formada como educadora física e pós em psicomotricidade infantil, a Giovana Alioto Trevisan, que além de mãe de uma linda menina manja muito do assunto e irá nos brindar com os seus artigos!
Ela já me mandou o primeiro artigo e eu adorei! Veja o que acham e me comentem!
A MATURAÇÃO NEUROLÓGICA E O DESENVOLVIMENTO MOTOR DOS BEBÊS
Para dar início ao assunto e entendermos mais um pouco, organização neurológica significa uma sequência ordenada, evolutiva e ininterrupta das funções corticais do cérebro, que inicia-se desde a medula espinhal durante o primeiro trimestre da gestação e progride até o nível do córtex aproximadamente aos sete anos de idade.
Esta sequência está aliada ao desenvolvimento motor do indivíduo, já que cada estrutura neural é diretamente ligada à progressão do movimento, ou seja, se o bebê parou de rastejar e começou a engatinhar é porque ele já atingiu certa maturação neural e consequentemente motora para esta nova atividade.
Conforme a criança progride nos estágios neurológicos, ela irá ter uma evolução através das seguintes sequencia dos estágios motores:
1) movimentos reflexos que são os movimentos involuntários que garantem a sobrevivência dos recém nascidos, como exemplo o ato de sucção, quando colocamos o dedo na boca do bebê ele começa a sugar sem pensar, por puro reflexo;
2) movimentos voluntários e/ou rudimentares que permitem que a criança tenha um melhor controle da cabeça, pescoço e tronco, podendo desempenhar ações como agarrar, soltar e principalmente se locomover, rolar e rastejar;
3) Após, ela evolui para a posição quadrúpede de engatinhar;
4) E, por último, o andar.
Cada sequência motora ocorre junto ao progresso da maturação neurológica. Por isso que a aquisição de uma habilidade não é determinada pela idade cronológica e sim pela idade biológica que é a maturação do sistema nervoso central permitindo que mensagens sensoriais sejam transmitidas ao encéfalo e assim comandos motores são transmitidos de volta resultando no movimento motor.
Portanto, o movimento não depende de uma iniciação precoce, mas sim, da aprendizagem no momento oportuno, ou seja, devemos respeitar a fase que o bebê está e não força-lo a novas experiências. Muitas crianças tem um certo “bloqueio temporário” na fase de transição entre engatinhar e andar, que pode ser ocorrência de uma má experiência do tipo, perder o equilíbrio e se assustar, ou um gesto e palavras de reprovação do tipo “ ele não anda porque é preguiçoso”. O bebê não entende o significado da palavra, mas a ação negativas dos pais, eles absorvem muito bem!
É fato que toda criança física e neurologicamente saudável vai passar por toda a sequência motora, pois na perspectiva biológica, a maturação é inata, ou seja, independe de influências externas ou do ambiente, porém o que ressalto aqui é com qual qualidade ela chegará a esses movimentos.
Se os pais superprotegerem seus filhos dos desafios que eles já mostram estarem prontos , poderão sim influenciar de maneira negativa, nas habilidades motoras (pois é através do movimento que a criança interage com o ambiente) das crianças em desempenhar tarefas que são características de sua faixa etária.
Quanto maior o estímulo e experiências motoras, visuais, sensoriais e auditivas, melhores serão as respostas para evolução, organização e elaboração do potencial e capacidade física e mental da criança.
Quem dá vida ao nosso corpo é a nossa mente mas para isso, precisamos de muita informação e estímulo e de preferência, de ótima qualidade.
Ou seja, estimule sempre os seus bebês, respeitando o desenvolvimento natural dele e teráo futuras crianças/adultos plenos de suas capacidades motoras!
Quem quiser conhecer mais de meu trabalho, pode entrar em contato comigo no mail abaixo e podemos trocar mais idéias!
Giovana Alioto e-mail giovanaalioto@hotmail.com
