Sustos da madrugada

Esta eu preciso contar!

Como muitos sabem, sou surdo e necessito de aparelho dos dois lados para ouvir.

Na hora de dormir, claro que eu tiro, não faz sentido já que o meu sono é profundo mesmo.

Então…

Eu combinei com a minha mulher que na mamada da madrugada ela que levanta para a fazer a função com as tri e somente em caso de precisar de uma força ela me acorda, mas como ela é muito boazinha comigo, são raras as vezes que sou despertado, normalmente é quando duas choram que querem mamar ao mesmo tempo ou ela precisa de uma ajuda extra com o que for.

Nestes momentos, ela vem e gentilmente com um leve toque, me acordo. Geralmente desperto, (claro que totalmente zonzo) pois me lembro do nosso “código de conduta em caso de ser acordado na madruga”.

Daí que esta semana aconteceu uma destas ocasiões extraordinárias.

Só que não foi suave.

Muito pelo contrário, quase tive um infarto.

Devia ser lá pelas 05:50hs quando sou literalmente chacoalhado, e ao abrir os olhos, MUITO assustado, deparo com a minha mulher gritando, ALTO (juro que estava ouvindo, ou seja era ALTO mesmo). Ela gritava algo para mim que, lógico, zonzo não conseguia entender.

Claro que a primeira coisa que veio à minha cabeça foi algo em relação às meninas, não tem jeito, nestas horas e situações pensamos que algo de ruim passou.

E começo a prestar atenção aos que estava sendo dito (sei ler lábios muito bem):

BARATA! TEM UMA BARATA! BARATAAAAAAAA!!!!!

Eu já estava no meio do caminho para, sei lá, pegar as chaves do carro, telefone do pediatra, ajudar no que for, mas, PERA…

Amor, barata?

É! UMA BARATAAAA (fazendo uma cara que jamais esquecerei)

Deixa eu abrir um parentese aqui. Considero a minha mulher uma guerreira, que não teme nada, encara tudo na boa, mas quando aparece este determinado bicho rastejante ou voador, como no caso, certeza que além de mim o prédio todo acorda!

Pois bem, passado o susto (MEU! SUA LOUCA, ME ACORDA DESTE JEITO POR CAUSA DE UMA BARATA?? QUER ME INFARTAR??) lá fui eu com um chinelo na mão pronto para aniquilar aquele ser.

Chego à cozinha, vejo as mamadeiras esparramadas, pó de leite espalhado, 1 pé do chinelo dela no chão (depois ela diz que na correria deve ter ficado para trás) procuro (e como procuro) o bendito e repugnante inseto.

E nada… Nada atrás da geladeira, nada atrás do fogão, nem debaixo da pia… Sumiu.

Preparo as mamadeiras e, claro, como já estou acordado vou ajudar na função.

Passado dois dias do acontecimento, a Ló me fala:

– Então, a nossa empregada me disse que achou uma borboleta morta na cozinha…

E ao ver a minha cara (eu provavelmente devia estar incrédulo) diz enfaticamente: MAS EU JURO QUE NÃO É A MESMA! QUE ERA UMA BARATA MESMO! (Olhando meio de lado para cozinha, com a cara cheia de certeza (e dúvidas) se era ou não era o mesmo temível bicho…

Cada uma que me acontece…

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