Conversa franca com filhos

Ontem meus filhos vieram dormir em casa, achei que seria o momento perfeito para conversar com eles sobre a futura chegada (física) das irmãs.

Digo física por que até então as meninas estavam na barriga da Ló e era uma coisa, agora outra é ver as três de uma vez, sendo bebês pequetuchas que são…

Na verdade não sabemos o que passa na cabeça de uma criança… Medo de abandono? Ciúmes?  Rejeição? Pois é.. Assunto complicado…

Dai que chegamos neste momento:

– Filhos, preciso conversar com vocês sobre um assunto específico: A chegada das suas irmãzinhas:

Uma coisa muito importante é saber usar a psicologia e entender/aplicar a psicologia infantil. Não dá para chegar falando: Olha: as coisas são assim e serão assado.. Periga de aumentar mais os receios que já eclodem na cabeça.

E O MAIS IMPORTANTE: SER SINCERO, CLARO E FALAR COM O CORAÇÃO. Crianças acima de 6 anos não são mais bebês. Tem sentimentos, vontades, desejos, reações. No papel de pai tenho de respeitar e saber ouvir e principalmente ser francos com eles.

Alguns meses antes, expliquei para eles que por algum tempinho eles não dormiriam em casa, até que tudo se normalizasse, passasse uma fase crítica, pré vacina, etc.

E quando perguntei o que ele estava pensando sobre isto, de ficar um tempo sem vir nos finais de semana, ele me diz:

– Mas terei de ficar 2 anos sem vir ficar com você?

– NÃAAAO filho! – De onde você tirou esta ideia? – Você acha que eu aguentaria 2 anos sem você vir ficar comigo? Sem chances!!!

Dai pensei, hora de usar a psicologia infantil, ser franco, passando a expor o que imagino que será pelo próximo mês, que precisava da ajuda e compreensão deles, expliquei o significado de terem irmãs novas, as responsabilidades, as mudanças que virão, e eles sempre preguntando coisas diversas, compreendendo melhor a situação.

E não é que (aparentemente) funcionou?

Filho 1  abre um sorriso malandro que só ele tem e solta:

– Mas pai, quero pedir uma coisa e é sério:

– O que filho, (ainda preocupado se ele captou onde queria chegar com a conversa)

– Eu quero e muito ajudar com as meninas, mas tem uma coisa que nunca, mas nunca me peça para fazer:

– Combinado filho, mas preciso saber o que é?! (Super curioso para finalmente saber o que era terminantemente proibido pedir à ele:)

–  Que você nunca me peça para trocar as fraldas delas!!

 

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