Eu pego o Filho 1 na aula de futebol duas vezes por semana.
Sempre tento chegar um pouco antes de a aula acabar, a fim de “participar” da aula, mais como um incentivador, dando uns gritos de posicionamento, elogiando quando faz um gol, reclamando de uma bola passada sem olhar…
Alguns pais recusam colocar seus filhos em situações competitivas. Eu não penso assim, acho que sim, concorrência é bom para as crianças. Ajuda a construir a confiança, perseverança e autoconfiança e aumenta a autoestima. Concorrência em uma idade precoce também pode ajudar a preparar as crianças para a competitividade inerente da vida adulta, em ambos os seus relacionamentos profissionais e pessoais.
E é por isso que gosto de ver pais incentivando o espírito de competição em seus filhos. Sim, a competitividade excessiva pode ser ruim para seu filho e as crianças ao seu redor (com tudo em excesso né?). Incentivar o espírito competitivo ensina sobre o “fair play”, a honestidade e a integridade, pois trata-se de ajudá-los a ganhar e perder, construindo o caráter da criança.
Mas também entendo que limites devem ser respeitados.
Levando os meus filhos para ver uma competição de futebol de seus primos mais velhos, valendo o campeonato, ao ver o primo se machucando ao dividir uma bola, o Filho 1 se espantou com o nível de agressividade do jogo e me comentou que não gostaria de participar deste tipo de jogo.
Parei e pensei: Mas é assim mesmo, divididas duras fazem parte do jogo e agora, como incentivar os meninos?
Fazer a prática do esporte com constância, envolver ele dentro do espírito combativo do jogo, dizer que será uma oportunidade para fazer novos amigos, e aos poucos introduzir também o princípio de que ao se esforçar para o sucesso vem a sensação da realização, independente de ganhar ou perder o jogo.
O legal do esporte é que existem inúmeras opções, desde esporte individual ao coletivo, passando pela natação, artes marciais, etc. Todos trazem benefícios Os jogos de equipe sublinham a importância do trabalho em equipe, boa comunicação e trabalho para os outros, enquanto atividades individuais ajudam a desenvolver o autocontrole, disciplina e foco. Artes marciais para as crianças não esportivas frequentemente, incentivam a participação, independentemente da capacidade, sendo o judô o esporte escolhido para o Filho 2.
No caso dos meus filhos, eles se rebelaram para praticar o esporte competitivo, e restou decidido que não deveria força-los a praticar.
Mas existem muitas outras atividades que possuem o elemento competitivo que podem ser integradas no dia a dia, tais como tabuleiro e jogos de cartas, por exemplo.
Tenho o jogo War e me deliciei com os dois participando ativamente, vibrando com as conquistas e lidando com a frustração de ver seus territórios conquistados.
Colocar o foco em uma batalha de sagacidades pode ajudar a mostrar aos meninos que o sucesso não é apenas um caso de ser mais rápido ou mais forte do que a outra pessoa.
Todo, incentivo saudável do espírito competitivo pode ter um impacto positivo sobre a criança e vai ajudar muito no desenvolvimento. Tenha paciência, mostre as opções, talvez tenha um pouco de trabalho para encontrar a atividade perfeita.
E claro, a melhor coisa que você pode fazer é dar um bom exemplo para seus filhos, mostrando o espírito de competição, em sua própria vida e através de seu próprio comportamento, seja participando dos jogos, vibrando com as vitórias ou comentando as dificuldades que passou no dia e como superou-as.
(nomes e fotos removidos)