Olha, olha, olha quem voltou por aqui!
Sim, ela mesmo, a minha querida parceira Ana Paula Rodrigues!
Conceituada psicóloga, com formação de Terapia Sistêmica e que recentemente lançou um apaixonante e obrigatório livro, chamado LEVE
Nós sempre mantivemos contatos e vez ou outra entro em um papo mais profundo sobre o pensar e observações das crianças. E contei uma história sobre um medo cada vez mais crescente que estava acontecendo com uma das minhas filhas.
Ela? Dez minutos depois de ler sentou e escreveu este texto que trago em primeira mão!
Com vocês, um novo texto original de Ana Rodrigues, “As crianças pedem ajuda das formas mais inusitadas possíveis!
As crianças pedem ajuda das formas mais inusitadas possíveis! Mas precisamos saber escutar, olhar, ler as entrelinhas…
Desafio gigante para pais e profissionais que, querem acertar, querem resolver logo o incômodo da criança, que querem aliviar os sintomas em um papo, um passeio, um abraço!
Ou até mesmo procuram chifres em cabeça de cavalo e dar logo um nome, sobrenome e apelido para o suposto diagnóstico.
Muita hora nessa calma!
Não quero aqui dizer que essas atitudes não funcionam ou que o olhar dos pais não são confiáveis. Pelo contrário!
Mas também não podemos achar que basta!
O estado de pandemia pode amplificar muito? Sim! Mas pode também só ter dado a brecha necessária para algo disfuncional ser visto, percebido e sentido pela família! Afinal, estamos mais coladinhos com os nossos em casa, né?
Mas vamos logo ao que interessa!
Não é o sintoma, mas sim a causa!
Não é o broto, mas sim a raiz!
Não é a montanha de gelo no meio do mar, mas sim sua parte submersa!
Comecem se perguntado:
1- Há algo errado mesmo ou apenas não estou tendo a minha alta expectativa correspondida?
2- Quanto eu permito e possibilito que as crianças sintam os transtornos do contexto em que vivemos e os revele?
3- O que essa oportunidade quer me mostrar? Afinal, as crianças revelam muitas vezes algo adoecido no sistema familiar inteiro e, frequentemente, pegam par elas algo dos que amam como se pudesse salvá-los.
4- Equilibre o desejo louco (e óbvio) de aliviar esses sintomas por um olhar respeitoso a eles. Acolha-os, pois só assim pode cuidar!
5- Olhe para vc e perceba: você está assumindo seu lugar de adulto mesmo? As crianças só podem ser crianças quando os pais são, de fato, autorresponsáveis e deixam a criança se ocupar de BRINCAR!
6- Não protele uma ajuda profissional. Sem essa de “vou esperar mais um pouquinho”. Pensa comigo: uma intervenção agora não fará mal nenhum. Já o contrário…
Este é só o começo de uma série de cuidados e atenção que devemos dar às crianças!
Troquem experiências sim! Desabafem com outros pais e mães, mas não paralisem aí! O tempo entre pensar e agir pode ser o seu melhor/pior aliado!
Espero ter contribuído um pouquinho com papais e mamães de plantão! Fico à disposição para dúvidas e mais detalhes!
Abraço forte, firme e leve 🎈
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